Freud e a personalidade

Freud revolucionou o mundo da psicologia quando apresentou uma nova prespectiva sobre o ser humano e a suas motivções. Fundou uma nova corrente em psicologia denominada por psicanálise.

Quando Freud tratava os seu doentes neuróticos procurava entender os traços característicos da personalidade, baseando-se também na auto-observação e nas teorias biológiacas da sua época.

Freud explicou tanto a personlaidade normal como a anormal, confrontado sempre as suas ideias com novas observações clínicas melhorando as suas opiniões de acordo com elas.

A concepção de Freud sobre a personlaide está intimamente ligada a instâncias psíquicas. Assim, Freud desenvolveu duas teorias distintas sobre a a constituição do aparelho psíquico normalmente divididos em 1ª tópica e 2ª tópica.

Teorias de Freud

Concepção de Psiquismo

1ª Tópica

Na 1ª Tópica Freud dividia a mente em três "partes": consciente; subconsciente (ou pré-consciente) e inconciente.

Consciente: Zona do psiquismo  que corresponde ao raciocínio, operações lógicas e sentimentos aos quais o sujeito tem acesso através da introspecção. Por exemplo, pensamentos como "nao gosto deste livro", " gostava de ir ao cinema" ou "aquele colega irrita-me".

Subconsciente: Corresponde à zona do psiquismo que se situa entre o consciente e o inconsciente constituída por conteúdos que podem ser trazidos á consciencia. Por exemplo, lembranças como " o nome da primeira professora" ou "o primeiro filme que se viu".

Inconsciente: A maior das "partes" da constituição do psiquismo que Freud caracterizou onde se inserem conteúdos como pulsões, desejos, instintos, sentimentos, redordações recalcadas cujo o acesso ao consciente é impedido pela censura social. Por exemplo, experiências taumáticas vividas na infância ou desejos sexuais recalcados. Apesar nao de Freud não elaborar uma lista de instintos, acreditava que todos eles se inseriam numa de duas categorias: os instintos de vida e instintos de morte.

Quanto as instintos de vida que são, por exemplo, a fome, a sede e o sexo são aqueles a ajudam o sujeito a sobreviver e a reproduzir-se. Freud expressou maior interesse pelo sexo do que a qualquer outro instinto. No entanto, a expressão "instinto sexual" é muito ampla ambrangendo várias pulsões corporias prazerosas como são os casos da sucção e da defecção.

Os instintos de vida têm como função gerar energia, a conhecida libido. Quando os instintos de vida não são satisfeitos a libido acumula-se resultando em comportamentos anormais.

Segundo Freud todas a pessoas desejam inconscientemente morrer, este tipo de sentimentos eram designados por Feud de instintos de morte. Freud também supunha que os seres humanos são agressivos pois os intintos de morte eram bloqueados pelos instintos de vida e outras forças da personalidade. Também era sugerido que a agressividade era a auto-destruição mas voltada para um substituto, ou seja, para outra pessoa que não o sujeito.

2ª Tópica

Na sua segunda teoria sobre a concepção de psiquismo Freud afirmou a existência de três estruturas que constituem a personalidade: o id, o ego e o superego. As estruturas mantêm uma interacção conflituosa que caracteriza a dinãmica psíquica.

Id (infra-eu):

  • Zona inconsciente, primitiva, instintiva, a partir da qual se formam o ego e o superego.
  • É constituído por pulsões, instintos, e desejos completamente desconhecidos.
  • Está desligado do real.
  • Não se orienta por norma ou princípios morais, sociais e lógicos.
  • Inconsciente, ilógico e amoral.
  • Rege-se pelo princípio do prazer, que tem como objectivo a realização, a satisfação imediata dos desejos e pulsões. Grande parte destes desejos são de natureza sexual.
  • É o reservatório da libido.
  • Existe desde o nascimento.

Ego (eu):

  • Zona fundamentalmente consciente que se forma a partir do id.
  • Rege-se pelo princípio da realidade, orientando-se por princípios lógicos e decidindos quais os desejos e impulsos do id que podem ser realizados.
  • É lógico e racional.
  • É o mediador entre pulsões inconscientes (id) e as exigências do meio, do mundo real.
  • Tem de gerir as pressões que recebe do id e as que recebe do superego.
  • Forma-se duranteo primeiro ano de vida.

Superego (supereu):

  • Zona do psiquismo que corresponde à interiorização das normas, dos valores sociais e morais.
  • Resulta do processo de socialização, da interiorização de modelos como os pais, os professores e outros adultos.
  • É a componente ética e moral do psiquismo.
  • Funciona como censura face às pulsões do id.
  • Pressiona o ego para controlar o id.
  • Constituído pelas imagens idealizadas das regras sociais.
  • Forma-se entre os 3 e os 5 anos com a vivência e ultrapassagem do complexo de Édipo.

Estádios de Desenvolviemnto

Para Freud a pesonalidade do ser humano desenvolve-se através de uma sequência de estádios psicosexuais que decorrem do nasciemnto até á adolescência. Cada estádio corresponde a uma zona erógena e a conflitos psicosexuais específicos. Segundo o fundador da psicanálise, o desenvolvimento da sexualidade está ligado á qualidade das experiências emocionais vividas nos diferentes estádios. Para Freud as grande modificações do afectivas acontecem nos três primeiros estádios e a personalidade estaria praticamente formada por volta do 7 anos.

 

Estádio oral (do nascimento até cerca dos 12 meses):

  • A zona erógena principal é a boca: o bebé sente prazer ao mamar, ao levar os objectos à e através de estimulações corporais.
  • A sexualidade é auto-erótica.
  • O desmame corresponde a um dos primeiros conflitos vividos: o id, orientado pelo princípio do prazer, é dominante, opondo-se ao ego, que se rege pelo princípio da realidade.
  • É neste estàdio que o Ego se forma.

Estádio anal (1-3 anos):

  • A zona erógena principal é a região anal: a criança sente prazer na estimulação do ânus ao reter e espulsar as fezes.
  • Adquire controlo dos esfíncteres.
  • É nesta fase que se fazz a educação para a higiene.
  • O controlo da defecção gera simultaneamente sentimentos de prazer e de dor - ambivalência.
  • A sexualidade é auto-erótica.
  • Há um reforço do ego.

Estádio Fálico (3-5 anos):

  • A zona erógena principal é a região genital: os órgãos sexuais são estimulados pela criança obtendo prazer. A curiosidade sobre as diferenças sexuais é grande.
  • Surge o Complexo de Édipo, que consiste na atracção da criança pelo progenitor do sexo oposto e agressividade para com o progenitor do mesmo sexo. É com este, que surge como modelo, que ela se vai identificar.
  • A identificação com o progenitor do mesmo sexo leva a criança a adoptar os seus comportamentos, valores e atitudes. É a sua interiorização que onduz à formação do superego.
  • É através do processo de identificação que se supera o Complexo de Édipo.
  • A sexualidade auto-erótica passa a ser investida nos pais.

Período de Latência (6-11/12):

  • Período caracterizado por uma aprente atenuação da actividade sexual.
  • É neste estádio que ocorre a amnésia infantil: a criança reprime no inconsciente as experiências que a pertrbaram no estádio fálico. É uma forma de defesa.
  • A criança investe a suu energia nas actividades escolares, ganhando especial importância as relações que estabelece entre os colegas e o professor.

Estádio Genital:

  • A zona erógena principal é a região genital. Há uma activação da sexualidade que esteve latente no período anterior.
  • Apesar de os investimentos afectivos se desenrolarem fora da família, á uma reactivação do complexo de Édipo.
  • O processo de autonomia relativamente aos pais passa por os encarar de forma mais realista (luto das imagens idealizadas dos pais que caracterizam os estádios anteriores).
  • O prazer sexual envolve todo o corpo integrando todas a zonas erógenas.
  • É o último estádio de desenvolvimento da personalidade.

 

Cena do filme "Freud, além da alma"

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